[ Resenha ] A Noite dos Mortos-Vivos E A Volta dos Mortos-Vivos

Autor: John Russo
Ano: 2014
Páginas: 320
Editora: DarkSide® Books
SINOPSE: A DarkSide® desenterra mais um clássico do terror e vai direto na fonte: A Noite dos Mortos-Vivos, considerado uma das maiores obras-primas do gênero e um livro obrigatório para os fãs de The Walking Dead, Resident Evil, Orgulho e Preconceito Zumbi e tudo aquilo que englobe os carismáticos comedores de cérebros. Se hoje os zumbis estão em alta é porque, em 1968, George Romero e John Russo se reuniram para escrever o roteiro de A Noite dos Mortos-Vivos e mudar a história do cinema. O filme revolucionou o mito sobre as criaturas que voltavam do além: as superstições vodus das velhas produções B deram lugar à epidemia de fome canibal nas ruas norte-americanas. 
Criaturas similares já haviam aparecido antes nas telonas, mas foi em A Noite dos Mortos-Vivos a primeira vez em que foram retratados como uma praga devoradora de carne humana. O próprio John Russo (que também atua no clássico de 1968 como um zumbi) adaptou a história do filme neste romance que a DarkSide® traz para o Brasil. A Noite dos Mortos-Vivos inclui ainda uma surpresa para os leitores: o texto integral da sequência do clássico, que nunca chegou a ser filmada, chamada de A Volta dos Mortos-Vivos (não vai confundir com a comédia trash de 1985, que também contou com Russo no time de roteiristas). Depois de 45 anos, finalmente é publicado no Brasil o romance do filme que marcou gerações.



   Nunca julgue ou compre um livro pela capa, a editora pode ser maravilhosa, mas o autor péssimo. Foi isso que senti ao comprar o box Cineclube da DarkSide Books, minha queridinha em edições de livros e boas histórias, mas nessa ela acabou pegando um roteio, não um livro em si.
   Na contra capa a propaganda é a melhor possível, o filme foi inspiração para Resident Evil e The Walking Dead, então pensei, nossa vai ser um livro incrível, comparado a Resident e Dead que sou apaixonada, mas pense na decepção de encontrar um roteio cinematográfico sem nenhuma expressão de emoção e suspense. Sim foi exatamente isso.
   Para conferir se fui só eu que não gostei, passei no Skoob e dei uma espiada nas outras resenhas e só vi 5 estrelas, não sei como isso já que não tem muita coisa boa no livro, achei uma resenha que citou exatamente o que sentia e vi que nos comentários dela tinham mais gente concordando, então vou apresentar um trecho dela pra vocês ficarem cientes.
Henrique Simão 15/05/2014
Não funciona sem a muleta do filme... O escritor que se propõe a novelizar um filme (ou o processo inverso, o diretor a dirigir um filme baseado em obra literária) tem que entender que as duas mídias, livro e filme, caminham juntas mas são completamente diferentes uma da outra. O John Russo peca nesse quesito, ao achar que pegando o roteiro de Night of Living Dead (que ele mesmo criou com o George Romero) e transcrevê-lo simplesmente seria suficiente para criar um livro.
   Pois bem, estou fazendo essa breve explicação antes da resenha em si, porque ultimamente só venho criticando alguns livro, mostrando os pontos negativos em alta que acho, essa explicação é para as pessoas que vão dizer que estou só “metendo pau nos livros”; desculpem o palavreado, mas acredito que vá aparecer um ou dois depois reclamando pra mim sobre a minha opinião.
   Para esclarecer, sou critica sincera que mostra os positivos e negativos, como vi em um texto apresentado comentando que blogueiros só elogiam, vou apresentar essas dicas da Adréa Bistafa em breve a fofa do Fundo Falso.
   Ok, esclarecido, vamos a resenha, finalmente! Em mãos temos dois livros de John Russo, A Noite dos Mortos Vivos, adaptação cinematográfica e uma história inédita, A Volta dos Mortos Vivos, uma sequência direta do original, jamais produzida.
   A Noite dos Mortos Vivos é um clássico de 1968, escrito por George Romero e John Russo para os cinemas, considerado um dos melhores filmes de terror e referência quando o assunto são Zumbis. Assim como Drácula inspirou os vampiros que logo seguiram sua sequência sanguinária, ou seja, tudo teve um inicio, e aqui conhecemos o nascimento da nação zumbi no mundo, percebam que primeiramente foi escrito um roteio para o cinema, não foi uma adaptação de do livro, John Russo escreveu este anos depois para conseguir sucesso como escritor, cá entre nós pode ter até conseguido, mas entre escritor e roteirista ele é um ÓTIMO roteirista.


A NOITE DOS MORTOS-VIVOS
 
Por que será que as pessoas têm medo de morrer? Não é pela dor.
   Sabem aquela cena que já começa no cemitério para assustar os espectadores? Então foi assim que começamos A Noite dos Mortos Vivos, Barbara e seu irmão Johnny indo ao cemitério levar flores para o tumulo do falecido pai, afastados de toda civilização, não se dão conta do apocalipse que está acontecendo, quando Johnny é atacado, Barbara surta, e gente acredite se eu tivesse ao lado da menina batia tanto nela pra calar a boca que realmente a criatura perde um parafuso logo nos primeiros capítulos.
   Após ver o irmão morte e o humanoide a perseguir, a garota jogue em um ato desesperado deixando o cadáver para trás, desesperada consegue encontrar abrigo em uma casa velha e depara-se com Ben um sobrevivente, o homem negro foi a principal coisa que me chamou a atenção no livro posso confessar, a força e garra dele para sobreviver me fez torcer por ele todo esse tempo e foi por isso que continuei a leitura, já que Barbara só gritava ou ficava encolhida em um canto chorando em estado de choque, uma personagem que odiei desde o principio e de nada existe romance no livro, já que foi considerado um.
Você não sabe do que aquelas coisas são capazes. Lá fora não é como um piquenique de escola dominical. - Ben
   Fortificando a casa, Ben tenta de toda forma manter os zumbis fora, no rádio a noticia passada é que estes seres são alienígenas que estão na terra, acredita-se naquela época que isso podia acontecer, já que são desprovidos de certa forma de conhecimento que temos hoje. Com Ben trancando todas as portas e tentando acalmar uma garota encolhida no sofá, após alguns acontecimentos descobre-se existem pessoas vivas escondidas no porão, Harry Cooper sua esposa Helen e filha Karen, Tom e sua namorada Judy.
  Entre conflitos de personalidades com personagens covardes, arrogantes, preconceituosos e histéricos, o livro corre com as noticias do radio, essas noticias pegam mais a primeira parte do que o enredo em si, a menina doente filha de Harry Cooper piora cada vez mais assim como aumenta a quantidade de zumbis ao redor da casa, em um certo ponto o estopim acontece e toda a ação finalmente aparece, mortos-vivos invadem a casa colocando Ben e todos em perigo, com a covardia de Harry, este prende sua família no porão e deixa todo o resto a mercê dos monstros, pouco a pouco eles vão morrendo e fiquei naquela expectativa de Ben sobreviver de qualquer jeito já que ele lutou tanto e estava lutando pra isso.
Não puderam ouvir os ossos e as cartilagens sendo torcidos e quebrados e separados das juntas. Não puderam gritar quando os mortos-vivos vorazes arrancaram seus corações, pulmões, rins e intestinos.
   Do outro lado do caos da fazenda, há policiais acabando com os zumbis da forma como descobriram, queimando os corpos ou acertando-lhes tiros na cabeça, o Xerife McClelland aparece como personagem principal nesse canto da cidade, ele e sua equipe se espalham a procura de sobreviventes e se organizam para irem a área rural e justamente a fazenda Miller, onde está Ben e os outros fica em sua ultima parada, você espera que ele chegue a tempo de salvar os outros, á doce ilusão.
   Harry e Helen presos no porão percebem o falecimento da filha que logo os devora sem piedade já que virou um deles, assim que acabamos com esse caos de sangue e vísceras o autor abre as portas para a parte de cima da casa, Ben é o único sobrevivente, apesar da mordida tem esperanças de que será encontrado antes de virar um deles, mas será que isso acontece?
   Quando o Xerife chega tudo já não passa de corpos e restos deles, posso dizer que fiquei revoltada com o final, torci tanto pro Ben pra acabar da forma que acabou, tive vontade de jogar o livro contra a parede ao ler o que o autor escreveu, e assim, com um ultimo relatório dá-se fim a primeira parte do livro.

A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS

O amanhecer é um momento de renascimento. Toda vida sente isso, o novo despertar para enfrentar novos começos. Nossa história começa ao amanhecer. Ou deveríamos dizer, nossa história começa de novo.
   A segunda história acontece com o decorrer de 10 anos após o primeiro livro, posso dizer que esta é mais compensatória do que a primeira.
   Começamos a conhecer Bert Miller, parente dos Miller do primeiro livro, ele tem três filhas Karen, Ann e Sue Ellen, a primeira está grávida de pai desconhecido e os quatro estão a caminho de um velório, ao qual a população comparece, percebemos que pelo receio dos mortos voltarem a vida como zumbis eles tomam atitudes para que isso não venha a causa mais um apocalipse, ou seja, o próprio padre crava uma estaca nos mortos para quem não voltem. 
   Em meio ao velório e esse ritual por assim dizer, é descoberto que um ônibus capotou e deixou feridos e mortos, a população se mobiliza para “ajudar” no ocorrido, sendo que eles apenas pretendem garantir que ninguém volte para devorá-los depois.
   Como a atitude deles não é correta a visão dos policiais, quando estes chegam para ver o acidente a população já tinha partido sem terminar o trabalho, deixando alguns ainda sem a definitiva morte, eis que a noite os que sobraram voltam a se levantar no necrotério para devorar todos que estão realmente vivos. O caos surge novamente, imagine-se tentando viver com uma lembrança macabra de um apocalipse e perceber que está acontecendo novamente? Aqui John Russo conseguiu melhorar a escrita de forma mais assustadora, mostrando que pode sim escrever um livro com suspense e classe mesmo que seja de três estrelas, afinal não chegou a assustar realmente. O diferencial desta é que mostra o que virou da população depois da tragédia de 10 anos atrás, agora existem saqueadores, estupradores e assassinos que também estão a solta para se aproveitarem do novo caos que rola na cidade.
   O foco fica nas três irmãs presa entre os marginais em sua fazenda ainda por cima cercadas de mortos, em contra partida o segundo volume trás de volta o Xerife McClelland ao qual eu fiquei com extrema raiva pelo final do primeiro livro, se vocês lerem irão entender, a apresentação dele novamente para salvar a todos é bem aproveitada, mas vamos voltar as três irmãs, Karen em meio a caos apocalíptico está prestes a dar a luz e o impacto final é de arrepiar realmente, vou deixar na incógnita para vocês, não chega ser um livro ótimo, ele não é tão assustador e a escrita não deixa você curiosa para querer mais, é praticamente aquele sentimento cansativo e arrastado dos clichês que não sou muito fã de ler.
A garota olhou para o bebê e tentou sorrir, mas o sorriso não veio. Ela se perguntava por que a criança olhava para ela com os olhos tão arregalados, tão opacos, tão desprovidos do brilho de uma nova vida. Ainda assim, ele continuava a respirar.
Xoxo

2 comentários

  1. O livro do filme que me deu sonhos seguidos de um apocalipse zumbi no mundo, e que me fez acordar achando que realmente minha casa estava sendo tomada por zumbis e que na verdade mesmo, aquele silencio era um sonho, e tinha certeza que na garagem tinham zumbis, porém eu também tinha algumas armas bem doidonas no carro que fugiria e passaria por cima deles, então tudo bem... O.O mas aí eu percebi que estava mesmo acordada e que era mesmo só um sonho. :(

    Mas poxa vida, que ruim que o livro não preencheu suas expectativas, infelizmente isso realmente acontece, principalmente sinopses que não condizem de fato com o livro, essas se tornaram cada vez mais frequentes. :/

    Obrigada pelo toque, não vou deixar esse dai se tornar um empecilho na fila de leituras a serem feitas, depois disso. ;)

    Abraços, e livros que condizem com suas histórias de fato. o/

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  2. Eu senti tantas emoções lendo esse livro... Primeiro foi o Ben, depois o Dave??? Mas que merda

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